Existe uma grande evolução no perfil do licitante, que é percebido por qualquer profissional que trabalha com licitações públicas até mesmo antes da chegada da lei nº 8.666/93. Além de maiores conjuntos burocráticos para participar de licitações era exigida ainda grande qualificação para quem desejasse aventurava-se pela administração pública.
Mas será, que depois de todo esse tempo, os licitantes estão preparados para vender para o Governo?
O post de hoje, tem a ajuda do nosso convidado do boletim diário, o Professor Uesley Medeiros. Especialista em licitações públicas com mais de 25 anos de experiência e fundador da LicitaNews Consultoria.
Com a revolução da industria 4.0 em contraste com o avanço da tecnologia em todas as esferas da sociedade, o licitante encontra um cenário de muita facilidade para participar da licitações. Porém, infelizmente muitos ainda acham que sabem tudo sobre o que se passa em uma licitação pública.
Com os benefícios às microempresas e empresas de pequeno porte, existe hoje um favorecimento desse setor. O que às vezes resulta em que visitantes venham em um total despreparo.
Entretanto, Uesley Medeiros nos ajuda a entender que esse despreparo também representa o seu despreparo financeiro. Primeiramente o licitante deve cuidar do seu lastro financeiro para poder lidar com o Governo.
Um segundo ponto, é a falta de pessoas e equipe capacitadas. Decerto um erro recorrente é o da contratação de um profissional responsável apenas após a participação do certame que traga a garantia de sua habilitação. Assim como de um bom preço e boa posição.
Neglicenciando a necessidade de contratação de um gestor seu próprio contrato. Como resultado refletem em diversos problemas com administração pública.
Inegavelmente chegamos a um cenário em que a administração pública está se qualificando cada vez mais. Em reverso, isto é, o licitante está se qualificando menos, o que pode ser preocupante.
Os principais pontos e deveres do licitante.
Ler o edital de licitação: Em princípio, simples e efetiva, leia o edital na íntegra. Revise, faça anotações de pontos em que as informações não ficaram claras. Além disso, faça um check-list para não errar. É comum notar que muitos licitantes hoje estão confiando em uma corrente equivocada de que a jurisprudência pode escanear e corrigir seu meu erro. Isso não é verdade! O licitante não pode errar e isso pode levá-lo a uma inabilitação.
Planejamento da sua forma de comercialização com o governo. Apresente segurança de seus prazos, formas de pagamento e de condições de entrega. Um licitante com um bom planejamento e segurança da sua capacidade reflete em maior celeridade à administração pública.
Use o pregão eletrônico a seu favor. É preciso arrumar a sua própria casa antes de aventurar-se naquele pregão eletrônico interessante, porém fora do meu estado. Contratações desse tipo geram despesas de locomoções. Infelizmente, eventualmente encontramos ainda empresários que não conhecem a diferença de imposto ou o que é um frete bem calculado. Outro exemplo, é a falta de conhecimento de que na prestações do serviço, quem irá regulamentar esse contrato será um sindicato do local de onde é licitado e não do sindicato de sua sede.
Atenção à milhões de oportunidades para microempresa e empresa de pequeno porte. São licitações exclusivas, lotes exclusivos que empresas de médio e grande porte não podem licitar. E mesmo assim, são centenas de licitações desertas pela falta de participações de microempresas e empresas de pequeno porte. Deixando de levar para essas empresas um volume de venda muito maior naquele terminado mês.
Em breve, iremos trazer muito mais conteúdo rico dessa conversa com Professor Uesley Medeiros. Com o tema “Os licitantes estão preparados para vender para o Governo?“.
E lembre-se sempre que a Forseti pode lhe auxiliar em todas as fases do processo licitatório!
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Licitação é o nosso negócio!